E o Batata foi expulso

Tente relembrar onde você estava quando o grande jornalista, outrora repórter de campo Ribeiro Neto, pronunciou a mais fabulosa, genial e acústica frase:
“... e o Batata tá expulso”.
Onde você estava?



Obviamente você deve ter pensado no churrasco, ou no boteco, ou até mesmo na sua própria casa, assistindo com o estorvo reclamão e pessimista do seu parente.
Mas eu não pergunto isso, estou querendo saber o local do momento da frase. Estava no chão, chorando de emoção? Estava se aproveitando pra abraçar aquela gostosa que estava na mesa ao lado visto que era o único momento que ela dava tamanha abertura para qualquer um se aproximar? Estava chutando e chamando um sofá de todos os impropérios já denominados neste planeta? Estava gritando na janela algum verbo raivoso adicionado de um adjetivo de baixo calão ao seu vizinho secador?
Enfim, não importa onde você estava. A verdade é que naquele momento todos nós estávamos no olho de um furacão. Um furacão que se iniciou em um pênalti heroicamente defendido por um goleiro até então inexperiente e ainda estava por vir um gol que se tornaria símbolo de um momento épico, de uma jornada de heroísmo e, acima de tudo, um exemplo de o que mais vale nessa vida é acreditar, lutar e correr atrás dos objetivos, incondicionalmente.

Bom, agora você deve estar se perguntando. Por que patavinas ele está escrevendo este texto todo?

Para que você veja onde estamos agora.
Disputando quartas-de-final de libertadores. Há algumas horas de estarmos entre os 4 melhores times da América do Sul, quizá de todas as Américas.

Não são jornadas épicas de fazem um time vencedor. São times vencedores que fazem jornadas épicas. Não esperemos escutar que outros Batatas foram expulsos para valorizar onde estamos e em que chão estamos pisando. Não há libertadores sem graça, pois o que não tem graça é não disputar Libertadores.
Sem graça é apenas sonha em disputá-la no futuro.

Vamos começar a valorizar onde estamos e fechar os olhos para coisas menores e campeonatos menores. Ta na hora de acordarmos para a Libertadores. Ficarmos tão ligados como em 2007. Pois desta vez temos qualidade, dessa vez temos elenco, e vamos voltar a ter a mesma torcida!
Pois só assim estaremos mais perto do mundo, mais perto de Dubai e no caminho da glória.

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